Resenhas -

Alyssa @culpadoslivros 23/03/2017

Libby é uma jovem de 7 anos, que vive em extrema pobreza com sua família. O pai bêbado e violento foi embora. A mãe luta com muita dificuldade para sustentar os 4 filhos e está prestes a perder as terras que herdou de seus pais. Num fatídico dia e de uma maneira brutal, a mãe e duas irmãs são assassinadas dentro de casa e a culpa recai em Ben, seu irmão mais velho, que é julgado e condenado. A menina é a única sobrevivente e foi a principal testemunha da acusação. Durantes os 25 anos seguintes, ela viveu com o dinheiro das doações recebidas. Mas agora isso tem que mudar, pois o dinheiro chegou ao fim. Nesse momento, ela conhece um membro do “Kill Club”, um clube secreto que se reúne para desvendar crimes macabros.

Numa tentativa de conseguir dinheiro, Libby começa a investigar a história do massacre de sua família e pela primeira vez em muitos anos, precisa acessar os “Lugares Escuros” de sua mente, para tentar descobrir a verdade. Será seu irmão Ben o verdadeiro assassino? Por qual motivo ele nunca recorreu da sentença? Estaria seu pai envolvido de alguma maneira?

Gillian Flynn criou uma protagonista extremamente desagradável, cleptomaníaca, preguiçosa, que não gosta de trabalhar e sem amor-próprio; ou seja, uma verdadeira anti-heroína. E o mais interessante, é o fato de ser difícil ficar impassível diante desta personagem!

No começo da história, é fácil detestá-la, por tudo que já mencionei e também pelo fato da própria acreditar que existe maldade dentro dela. Depois, fica mais fácil ter um pouco de compaixão, por tudo que Libby viveu aos 7 anos e a tragédia que se abateu sobre sua família. Enfim, passamos a torcer para que ela desvende os mistérios desta trama e consiga realmente chegar a algum lugar. Para mim, ficou clara a mudança da personagem, que se tornou uma pessoa melhor no final da história.

A narrativa é contada no presente, alternando com os fatos do passado que antecederam ao massacre. Desta forma, a autora conseguiu desenvolver praticamente duas histórias paralelas e o leitor fica numa curiosidade extrema para saber o que realmente aconteceu.

Quando terminei a leitura, fiquei vários dias com a história na cabeça, até conseguir assimilar completamente a trama monstruosa, as revelações chocantes e o final realmente surpreendente.

Lugares Escuros é um livro absurdamente chocante e perturbador. E não digo isso apenas pela história em si, mas pelo fato de todos os personagens não serem o que aparentam ou estarem mentindo!

site: http://www.instagram.com/culpadoslivros/

Rayssa 16/03/2020

E se o que você imagina não é exatamente o que aconteceu? Começando assim parece ser óbvio, mas isso é tudo que Lugares Escuros não é.Esse não é um livro de suspense comum, e com certeza Libby Day não é uma garota comum. Se está procurando um suspense original e único, você precisa ler esse.

José Vitor - @zetalendo 22/05/2020

Leitura: 21/05/2016
Finalmente acabei! Hahahaha quase um mês pra ler, como assim? :o
A história desse livro foi muito bem contada, os persongens bem montados, do jeito que a Gillian conseguir fazer.
O jeito que a história ia para o passado e voltava para o presente foi muito bom, se conectou direitinho.
Único ponto negativo foi o final. Acho ele previsível, é um pouco meio "an?", quem leu sabe do que estou falando (eu acho kkkkkk), esperava mais do final, por isso dei 4 estrelas para o livro.

Tati 02/02/2021

Começo eletrizante, mas...
No início, a leitura me predeu bastante. A forma como tudo ia acontecendo, como cada fato era revelado. Porém, vai perdendo o ritmo, chega um trecho em que nada acontece. Nada é descoberto, nada é revelado...
Uma coisa que gostei bastante, foi a forma como a Gillian aprofundou nas personalidades da família Day (apesar de ninguém ali ser normal). Todos com seus traumas e medos, modos macabros de pensar.
Só o final que me decepcionou bastante. Parece que quis jogar ali pra arrumar uma justificativa.
Enfim, leitura válida, mas não surpreendente.

@zurcenila 13/02/2019

(Resenha) Livro - Lugares Escuros - Gillian Flynn
Todos os livros da Gillian geram muitas expectativas em mim depois de ter lido "O Adulto" e "Garota Exemplar". Este aqui esteve na lista por longos dois anos e finalmente decidi enfrentá-lo.

Essa é a história de Libby Day, uma mulher que aos 7 anos "presencia" (ou quase isso) o assassinato da sua mãe e duas irmãs. Seu irmão é acusado de ter cometido os crimes. Mas 24 anos depois, por falta de dinheiro, ela se vê envolvida com um grupo de pessoas que investigam crimes de grande repercussão e começa uma investigação para ver se tudo o que tinha como verdade sobre aquele dia, realmente existiu.

Uma série de circunstâncias vão montando o palco para os crimes e o final surpreendente nos faz refletir sobre como vamos sendo manipulados ao longo do livro para tirar conclusões ... sendo por fim surpreendidos.

Confesso que a grande persistência sobre o assunto relacionado à seitas, coisas de adoração ao demônio soaram meio estranhas e me desagradaram em vários momentos, mas no final entendi que esse detalhe vinha alinhavando toda a história.

Só lá pelo meio do livro que fui me envolvendo e querendo conhecer mais sobre Libby, Ben e Cia..

Foi uma decepção por ser fã da Gillian e esperar coisas incríveis, achei fraco mas o final foi coerente no estilo Flynn.

Este livro ganhou uma adaptação para o cinema em 2015, eu ainda não vi, mas pretendo assistir em breve.

Boa Leitura!

Ano: 2015 / Páginas: 352
Idioma: português
Editora: Intrínseca
Nota: 6

Erica 28/07/2022

Lugares Escuros
Gillian Flynn, como sempre surpreendendo com sua construção de personagens femininas que, de algum modo, estão quebradas. Acho que a construção da personagem principal foi muito bem desenvolvida, há uma curiosidade em saber quem seria o assassino, que se mantém do início ao fim, porém não me causou tanta surpresa.

Não foi meu livro favorito da autora, mas como todas as obras que li, até então, foi uma ótima leitura e eu recomendo sem pensar 2x.

Fernanda631 05/01/2023

Lugares escuros
Lugares escuros foi escrito por Gillian Flynn e foi publicado em 5 de maio de 2009.
Libby Day tenta se lembrar de algo importante. Libby tenta acreditar em algo que pudesse mudar sua vida para sempre. Libby tenta encontrar a verdade. Mas, tudo que ela consegue alcançar são lugares escuros.
Sua mãe e suas irmãs caçulas sendo brutalmente assassinadas? Lugares escuros.
Seu irmão Ben, acusado do assassinato delas? Lugares escuros.
O que ela realmente viu quando tinha sete anos e presenciou aquele banho de sangue? Lugares escuros.
A mente de Libby Day é um lugar escuro. A vida dela é um buraco negro.
Será que mexer em gavetas velhas vale a pena? Será que a garotinha que ela era, na época, realmente assistiu a um Ben assassino ou será que o real culpado ainda está por aí? Será que Libby quer a dura verdade ou será que ela prefere acreditar no que é menos doloroso?
O que encontramos neste livro são as memórias irregulares e desfeitas de Libby Day.
Lugares Escuros conta a história de Libby Day que, quando tinha apenas 7 anos, sobreviveu a uma chacina diabólica ocorrida na década de 80, que pôs fim à vida da sua mãe e das suas duas irmãs pequenas. Libby sobrevive atualmente já adulta graças a um fundo monetário de doações de pessoas sensibilizadas com sua trágica história até hoje. Um tanto rude e depressiva, ela não se importa em viver dessa maneira. Quanto mais tivesse, melhor.
A pobre garotinha assustada que não só perdeu alguns dedos, mas a oportunidade de viver como alguém normal. As pessoas, no entanto, podem ter memória curta e novas tragédias foram ocultando aquela em particular. Libby precisaria se sustentar, em breve, só que trabalhar era a última opção dela.
Assim como em “Objetos Cortantes” a protagonista é uma mulher adulta (e ruiva) que devido ao trauma se afoga na bebida e precisa revisitar seu passado em busca de informações.
Libby é uma típica personagem da Flynn: seu caráter é duvidoso, ela está quebrada, cheia de cicatrizes, passou por situações incomuns e se tornou uma adulta "extremamente detestável". Não consegue se ligar a ninguém, vive com problemas com dinheiro, quer ignorar seus problemas, mas eles constantemente batem a sua porta.
E, ao mesmo tempo, percebemos todas as vias que a levaram até ali, sabemos do massacre de sua família, a dor de estar convencida de que foi seu irmão quem assassinou os Day, passar todos esses anos sozinha. É difícil gostar de Libby Day, mas também é difícil julgá-la.
No entanto, ao mesmo tempo em que recebe a notícia de que o dinheiro do fundo está acabando, já que as pessoas não lembram mais do trauma dela, um grupo intitulado Kill Club, que acredita que o irmão dela possa ser inocente, a procura e oferece dinheiro para que ela compareça a uma reunião do grupo. Daí em diante revivemos com Libby os momentos que levaram ao fatídico acontecimento. Por ser muito criança, na época, nem ela mesmo tem certeza do que testemunhou – até onde suas lembranças são reais e até onde seu testemunho foi influenciado pelos adultos.
Agora, na carreira dos 30 anos e em busca de algum meio para manter o seu sustento, ela aceita a proposta (financeira) de um grupo de fanáticos por assassinatos famosos e resolve “reviver” a sua história em busca de falhas que possam ter levado, injustamente, o seu irmão para a prisão perpétua. Porém, o detalhe é que foi ela quem, aos sete anos, testemunhou contra ele.
O livro se passa em dois momentos. Um no presente e outro nos dias que antecedem a tragédia, pelo ponto de vista de Patty e Ben, mãe e irmão de Libby. O fato de Libby começar a se questionar sobre seu irmão ser realmente o assassino e de ela tentar remontar tudo o que aconteceu, nos leva a uma leitura interessante. Por vezes me peguei montando teorias e tentando juntar peça.
Gillian Flynn surpreende com a sua escrita verossímil e impecável. A história se desenvolve de forma tão envolvente e realista, inclusive com relação à detalhes técnicos que, por vários momentos, você chega a crer que aquilo tudo é verdade. Gillian Flynn consegue criar personagens interessantes e não convencionais. O vocabulário, por vezes, é um pouco pesado. Mas nada que desagrade. Apenas refletem a moral de certos personagens.
A personagem principal foge bastante das protagonistas femininas de outros livros, mas assim como em Garota Exemplar, Libby representa uma mulher às avessas. Não possui uma moral exemplar e, em certo momento, diz que poderia ter recebido mais dinheiro se não tivesse que dividir atenções com outras crianças que também passaram por algum tipo de trauma.
Lugares Escuros é narrado por três personagens. Libby é a principal, conta sua história no presente. Relatando o passado temos o ponto de vista de Ben e de sua mãe, Patty Day. Flynn, como sempre sabe usar muito bem dos múltiplos pontos de vista, que convergem para um mesmo ponto, para criar o suspense que precisa. O que parece ser um crime óbvio, adquire outras camadas a medida que personagens secundários, como Runner e Diondra são mais desenvolvidos.
Pouco a pouco a história se desenrola, num bom ritmo e, passado e presente se juntam e somos capazes de conhecer a realidade de ambos os lados.
Além disso, apesar de ser uma história fictícia é impossível não comparar com casos semelhantes que de fato aconteceram, até mesmo a reação da “sociedade” envolvida nos acontecimentos do livro refletem atitudes reais.
As personagens são absolutamente complexas, com traços de caráter duvidosos, mas que em certo momento você se pega torcendo por elas, para que tenham um desfecho heróico e feliz, mesmo que isso seja um pouco impossível em uma história tão chocante, isso falando de um modo geral. Por sua vez, com relação à protagonista, tudo isso se multiplica, pois apesar de ser uma vítima e uma sobrevivente, de forma alguma pode ser considerada uma heroína ou uma coitada, pois a sua personalidade é feia, vergonhosa e contrária a tudo que lhe aconteceu.
O desfecho é brilhante e coerente com o restante da história, sem dar lições de moral ou revelar um pote de ouro no final do arco-íris, vez que depois da tormentosa história narrada seria impossível acontecer algo tão belo.
Lugares Escuros é uma leitura que vale bastante o tempo, ainda mais se você gosta um bom thriller.

Fernanda.Nogueira 28/12/2023

Sem spoiler
Confesso que a premissa me prendeu muito, mas depois da página 100 até a chegar nos últimos capítulos não me prendeu tanto. Apesar de gostar como as coisas iam acontecendo e como cada personagem era descrito e aprofundado, foi perdendo o ritmo.

Confesso que eu esperava mais do final. Senti que jogaram a culpa dos assassinatos em uma pessoa só para justificar. No final das contas é um bom livro, não surpreende, mas é uma leitura válida.