O autor realiza um breve, porem fundamental e preciso, histórico da proteção social tendo como referências as experiências de Londres, Paris e Rio de Janeiro a partir do século XIX, quando a chamada “questão social” emerge no cenário urbano como uma questão política que influenciará, inclusive as reflexões de Allan Kardec como sistematizador do espiritismo e a própria redefinição da atuação da Igreja Católica através da Rerum Novarum.. A sua reflexão alcança o Brasil, especialmente o Rio de Janeiro, sede da Corte e, posteriormente, Capital Federal, uma sociedade escravista e excludente dos pobres. Apresenta a trajetória dos vários tipos de filantropia que marcaram a história do Brasil entre o final do século XIX e o ano de 1988 com: a Constituição Federal que coloca em cena uma nova consigna - proteção social - como um conjunto de direitos de civilização que pretende garantir a à dignidade de todos os cidadãos .Como se adequar aos novos tempos, aos reclamos do SUAS, em termos de direitos sociais, como avançar da caridade e filantropia para o modelo de proteção social? Como avançar na Proteção Sociorreligiosa para aqueles que procuram as instituições religiosas, sem que estas tenham que perder as suas características confessionais?
Neste contexto traz a sua experiência de pesquisador e consultor do reordenamento de uma entidade de assistência social na Rocinha, uma das maiores e mais importantes favelas do Rio de Janeiro.
Por tais razões, este livro é referência de leitura para todos aqueles que se interessam pela Proteção Social da Assistência Social.
Cezar Teixeira Honorato
Professor Dr. Titular de História Econômico-social, Instituto de História, Universidade Federal Fluminense.
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