O livro 1964, O Elo Perdido: o Brasil nos Arquivos do Serviço Secreto Comunista, resultado das pesquisas de Mauro Abranches Kraenski e Vladimír Petrilák no arquivo do serviço de inteligência comunista tchecoslovaco, dará fim a um silêncio de mais de 50 anos por parte de nossos historiadores, que, durante todo esse tempo, ignoraram e negligenciaram deliberadamente os arquivos das antigas repúblicas soviéticas, fontes extremamente relevantes e farta documentação detalham a atuação dos serviços secretos comunistas no Brasil durante toda a Guerra Fria.
Certamente haverá resistência, mas depois deste lançamento será impossível manter o terceiromundismo anti-imperialista, inspirado em Stálin e Brejnev, como a principal teoria orientadora das pesquisas e dos trabalhos realizados na área de história da política externa brasileira. De um modo ou de outro, os dias do reducionismo maniqueísta e anti-americano que, deturpando o conceito de nacionalismo, divide as elites nacionais em nacionalistas e entreguistas, finalmente chegarão ao fim.
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