A ARMADILHA DA AUTOESTIMA

A ARMADILHA DA AUTOESTIMA Polly Young-Eisendrath


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A ARMADILHA DA AUTOESTIMA





Um mais de 20 anos de atendimento em consultório como psicóloga e psicoterapeuta, a americana Polly Young-Eisendrath se deparou inúmeras vezes com uma queixa reincidente em muitos de seus pacientes. Crianças e jovens adultos sofrendo de foco obsessivo em si mesmos, insatisfação constante, pressões para ser excepcional, despreparo para assumir responsabilidades adultas, sentimentos de superioridade (ou inferioridade) e medo excessivo de ser humilhado. A terapeuta chegou à conclusão que esse conjunto de sintomas tem uma raiz em comum, a que ela denominou armadilha da autoestima. Essa cilada emocional, aponta a autora, foi inadvertidamente criada por pais bem-intencionados que educaram seus filhos para serem excepcionais, fora do comum, elogiando seus talentos e esquivando-os dos contratempos e dissabores da vida, doutrina comum principalmente a partir dos anos 1970 e 1980. Em resposta, essas crianças se tornaram jovens e adultos inseguros por não conseguirem desenvolver suas aptidões “inatas” e despreparados para lidar com problemas do cotidiano.

Em seu brilhante livro A armadilha da autoestima: criando filhos seguros e compassivos na era do egocentrismo, publicado pela Editora Rocco como parte da coleção Pais, Tais & Profissionais, a autora usa os seus conhecimentos como budista e terapeuta jungiana para propor um novo paradigma a pais e educadores no caminho de gerações futuras mais felizes e realizadas. Ela acredita que em décadas recentes especialistas vêm dizendo aos pais que eles deveriam elevar a autoestima dos filhos, elogiando-os e notando seus talentos únicos e excepcionais, esquecendo-se da importância da vida em sociedade. Muitos têm seguido esses conselhos, mas o resultado é o oposto do esperado. Em vez de criar adultos bem resolvidos e preparados para os percalços da vida, essa técnica de elevação da autoestima transformou-se numa armadilha que produziu indivíduos amedrontados pelo fracasso, acreditando que, por serem excepcionais, as oportunidades deveriam bater em sua porta sem esforço e frustrados quando inevitavelmente isso não acontece.

Polly propõe uma ideia revolucionária: valorizar o ser comum. Essa é, segundo a autora, a verdadeira chave para a felicidade. Percebendo a ligação do indivíduo com os seus pares e cultivando qualidades como generosidade, disciplina, paciência, diligência, concentração e sabedoria é possível criar jovens que se tornarão adultos bem ajustados e satisfeitos. Trata-se de uma leitura fascinante que certamente provocará reflexão para pais, educadores e profissionais da área.

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Luis Netto
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03/09/2011 10:26:05

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