Este livro busca analisar o compartilhamento de ideias e valores que se deu entre a Mesoamérica e o Altiplano Andino no período independentista, para perceber seus efeitos sobre a autonomia dos povos indígenas. A luz do Construtivismo Estrutural de Wendt, e do modelo teórico de Ribeiro no que toca os “Povos-testemunho”, analisou-se os Estados: México, Guatemala, Equador, Peru e Bolívia. Estes são formados pelos “Povos-testemunho”, e entre diversas características, isso significa que eles eram compostos por grandes massas indígenas. No fim do século XVIII, as regiões citadas foram alvo de diversas correntes de pensamento e passaram por diversas revoluções, estas culminaram no distanciamento dos povos indígenas para com a elite colonial.
No início do século XIX, estes Estados conquistaram suas independências em um período muito curto, e dado os eventos citados, acabaram por estimular e difundir um imaginário negativo sobre os índios, sendo que este já existia no período colonial. Tornou-se claro que estas ideias refletiram nas constituições e nas demais estruturas governamentais.
Será que no fim podemos dizer que a democracia prometida foi de fato concretizada? Os povos indígenas vivenciaram uma melhoria nas suas condições de vida como cidadãos e alcançaram a autonomia? Estas perguntas que parecem simples possuem respostas bastante complexas, as quais tento responder nessa obra.
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