Em livro, antropóloga italiana mostra que nossas africanidades são mais fluidas do que imaginamos
O Brasil é dotado de uma impressionante quantidade de ritos religiosos ligados aos cultos de possessão. Candomblé, umbanda, encantaria, terecô, catimbó, jarê, culto da jurema, candomblé de caboclo, e tantos outros, são exemplos deste vasto manancial místico que caracteriza o País. Nós, definitivamente, gostamos de bater tambor. É natural, diante dessa profusão, que inúmeros estudos de recorte antropológico surjam sobre tão vasto universo. Poucos têm, entretanto, a profundidade provocadora deste A Busca da África no Candomblé, (Pallas, 376 págs., R$ 44,50) da antropóloga italiana Stefania Capone.