A Calibradora

Em um mundo mergulhado em campanhas de conquistas, onde algumas pessoas nascem com dons incomuns, jovens soldados buscam respostas para as sucessivas batalhas que arrebatam a alegria da juventude enquanto dedicam suas vidas para proteger o Império Crethoriano.
Leina, uma jovem discípula da arte da calibragem, recebe a missão de proteger um batalhão de soldados de elite.
Ela descobre acidentalmente que seus dons podem ser usados para revelar segredos obscuros sobre os verdadeiros motivos da guerra.
Leina e seus companheiros precisarão unir forças para descobrir a verdade sobre seus mestres, sobre seus inimigos e também sobre eles mesmos.
Parar de tremer era a primeira lição. Uma lição que muitos desejavam esquecer.


O batalhão dividiu-se em três pequenas unidades. Eles estavam agora em algum lugar entre o Mar Calmo e o Mar das Tempestades.
– Vocês aí! Protejam a retaguarda. E a retaguarda da Unojorne! – bradou o capitão, com um sorriso vulgar.
Leina bufou demonstrando indignação com a falta de respeito. Já estava acostumada a ser tratada assim por oficiais e aquilo não a abalava mais como antes. Os homens também não achavam mais graça naquilo. Alguns deles eram amigos de infância de Leina.
– Idiota! – Ifo murmurou para ela.
Ela fez sinal para que ele deixasse para lá. Toda missão escondia perigos e não podiam perder a concentração agora.
– Cuidem-se! – disse Lena – Eu estarei bem atrás de vocês. Em caso de uma emboscada se reagrupem perto de mim.
Os gritos de guerra voltaram às gargantas roucas daqueles jovens soldados. Com as lâminas zunindo contra o vento eles correram em uma formação ensaiada. Os lábios de Dodricke voltaram a tremer.

Fantasia / Literatura Brasileira