Publicado em 1901, este romance pertence à última fase do escritor, onde se afasta do realismo e deixa a crítica pesada que fazia à sociedade portuguesa da época.
O autor faz uma comparação entre a vida módica e agitada de Paris e a vida tranquila e pacata na cidade serrana de Tormes, porém o narrador apresenta um ponto de vista firme, depreciando a civilização da cidade.
O personagem, José ("Zé") Fernandes, relata a história do protagonista Jacinto de Tormes. Na composição são destacados os episódios diretamente relacionados com o personagem principal, ficando os fatos da história de Zé Fernandes apenas como elos de ligação da história vivida por Jacinto.
Sem romper totalmente com os valores da "civilização", Jacinto adpta o que pode ao campo. Modernizam-se dessa forma as serras, algumas reformas sociais são introduzidas e a produtividade aumenta. Ao príncipe da Grã-Ventura, só faltava um lar, o que ocorre em seguida, por meio de seu casamento com a prima de Zé Fernandes, Joaninha. Assim completamente feliz, no cotidiano das serras, Jacinto não mais volta a Paris.
Literatura Estrangeira / Romance