"A ciência como jogo", explora o pensamento de Thomas Kuhn e busca propor uma
múltipla definição do termo paradigma, de modo a oferecer um instrumento de
análise de modelos ou teorias diferentes. Num momento em que os modelos
surgem como modismos, com duração semelhante à moda de uma estação, é
importante estar atento não só às mudanças, mas também àquilo que permanece.
Na era da informação, fala-se muito em velocidade das mudanças. Talvez seja a
hora de se pensar no que continua sendo como antes, mesmo que se fale em
revolução. A revolução é sempre uma ruptura, mas é só ruptura? Proponho que
pode existir continuidade, mesmo nas revoluções científicas. Para demonstrar
essa idéia, incompatível com a metáfora do quebra-cabeça, feita por Kuhn,
proponho uma nova analogia: o Tangran, puzzle chinês, composto de apenas sete
peças, com as quais se pode montar uma infinidade de formas.