A educação brasileira tem convivido com o Construtivismo
piagetiano desde a década de 1970, momento em que sua disseminação
começou a intensificar-se entre nós. E, pela segunda vez, esta
tem sido a principal abordagem teórica eleita para fundamentar as
diretrizes e medidas oficiais na área educacional.
De fato, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
que começou a vigorar em 1971 (LDB 5692/71) em grande parte
assentava-se na teoria piagetiana dos estádios de desenvolvimento
intelectual, ao propor como categorias curriculares Atividades,
Áreas de Estudos e Disciplinas, destinadas, respectivamente, às séries
iniciais, às séries intermediárias e às séries finais do antigo 1o grau
juntamente com o colegial. Desde essa época, no entanto, a tentativa
dos legisladores de “aplicar Piaget” na educação revelava-se inadequada,
desvirtuando, na verdade, as ideias piagetianas. Tais são os
casos, por exemplo, da categoria curricular Atividades, relacionada
erroneamente ao período Operacional Concreto; da confusão entre
atividade e ação material; e da identificação dos conceitos intuitivo
e concreto.
Psicologia