Xavier oferece ao leitor excelentes reflexões sobre a revolução digital e a produção e circulação do saber, além de um delicioso capítulo histórico, acompanhado de ilustrações sobre a evolução das tecnologias enunciativas. Ele apresenta também uma contextualização histórica sobre o surgimento da tecnologia hipertextual e discute várias definições e formas de ver o hipertexto, incluindo a ideia de que, antes da informatica, índices e sumários, por exemplo, já eram formas de manifestação da hipertextualidade. No entanto, o hipertexto de que fala Xavier "e exclusivo do ambiente digital." Para ele, é um modo de enunciação digital. O último capítulo busca responder às perguntas "O que são e como funcionam os links no hipertexto? O que leva um usuário a clicar nos links? Como se dá o processo de referenciação acionado pelos cliques nos links?" Deixo ao leitor a busca pelas respostas no texto original e criativo de Xavier. Tenho a certeza de que o leitor vai se sentir pego pela mão do autor e terá dificuldades de interromper a leitura, pois o texto é muito sedutor.