Se, no leito de morte, machado de assis recusou a presença de um padre, alegando não professar religião alguma, foi, no entanto, a um padre silveira sarmento (que o iniciou nas letras e no latim), que dedicou alguns dos poemas de seu primeiro livro ("crisálidas"). Casou-se na igreja católica, à qual, na infância, serviu como sacristão. No entanto, a reputação de cético, agnóstico ou mesmo materialista (que ele sempre negou) o acompanhou ao longo da vida. Diversos textos seus, porém, mostram o contrário. E é isto que este livro busca demonstrar: a essência espiritual não apenas da obra, mas do próprio machado de assis; a espiritualidade como preocupação central de sua existência. Um cristão sem igreja.
Literatura Brasileira