A ideia de justiça

A ideia de justiça Amartya Sen


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A ideia de justiça





SERÁ A JUSTIÇA UM IDEAL, para sempre além do nosso alcance, ou algo que pode de facto guiar as nossas decisões práticas e melhorar as nossas vidas?
Nesta obra de grande amplitude, Amartya Sen oferece uma visão alternativa às teorias de justiça dominantes que, apesar de muitas realizações concretas, levaram-nos, em geral, argumenta, no sentido errado.
Uma das maiores diferenças entre Sen e os grandes teóricos contemporâneos que reflectem sobre a justiça é que estes se preocuparam essencialmente, por vezes totalmente, em identificar quais seriam os arranjos sociais perfeitamente justos, em vez de clarificarem a forma como diferentes realizações de justiça podem ser comparadas e avaliadas. Enquanto a maioria dos teóricos das principais correntes seguem uma das duas maiores tradições do pensamento Iluminista, nomeadamente a do hipotético "contrato social" perfilhada por Hobbes, Locke, Rousseau, Kant e, nos nossos dias, pelo filósofo político contemporâneo John Rawls, a análise de Sen avança de forma significativa para a outra tradição do Iluminismo que procura reduzir a injustiça, perfilhada de diferentes formas por Smith, Condorcet, Wollstonecraft, Bentham, Mill e Marx.
Na base do argumento de Sen está a sua insistência no papel da razão pública que cria aquilo que pode tornar as sociedades menos injustas. Mas está na natureza do raciocínio sobre a justiça, argumenta Sen, não permitir que todas as questões sejam colocadas mesmo em teoria; há escolhas a ter em conta entre avaliações alternativas daquilo que é razoável, cada uma das várias posições, diferentes e concorrentes entre si, pode ser bem defendida. Longe de rejeitar tais pluralidades, ou tentar reduzi-las para lá dos limites da racionalidade, devemos usá-las de forma a construir uma teoria de justiça que possa absorver pontos de vista divergentes. Sen mostra também como as preocupações relativas aos princípios de justiça no mundo moderno devem evitar o paroquialismo e, mais, tratar das questões de injustiça global.
Esta energia de visão, acuidade intelectual e natureza humana admirável de dos mais influentes intelectuais politólogos a nível mundial nunca apareceu tão bem revelada como neste livro notável.

Economia, Finanças / Filosofia

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on 25/4/12


Gostei muito de ler "A ideia de justiça", do Prêmio Nobel em Economia 1998 Amartya Sen! Bah, o Prefácio já me encantou, abrindo com uma citação memorável de Dickens (dita por Pip, em Grandes Esperanças): "No pequeno mundo em que as crianças vivem a sua existência, nada há que seja mais finamente percebido e sentido do que a injustiça." Amartya Sen também cita alguém que diz que a injustiça é um "tema sobre o qual é difícil falar, mas é impossível calar!", por exemplo, sobre as iniquida... leia mais

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