Sylvia Nasar traça uma espécie de história biográfica dos últimos 200 anos da economia mundial, desde a época em que ela era a "ciência sombria" até a grande expansão do capitalismo globalizado. Em vez de uma história acadêmica, com números, tabelas e estatísticas, tem-se a história de uma ideia, que nasceu na idade de ouro anterior à Primeira Guerra Mundial, sofreu abalos causados por duas guerras mundiais, pela ascensão de governos totalitários e por uma grande depressão, e reviveu numa segunda idade de ouro, logo após a Segunda Guerra Mundial. Trata-se da ideia de que o capitalismo é, em última análise, um motor de progresso, tal como encarnada na vida e obra dos grandes economistas. Essas vidas e obras são narradas revelando suas qualidades, contradições, preconceitos e idiossincrasias, em constante diálogo com os contextos históricos em que eles cresceram e agiram. Nasar escolheu protagonistas que foram fundamentais para transformar a economia num mecanismo confiável de análise e num instrumento intelectual capaz de solucionar o que Keynes chamou de o problema político da humanidade.