A Imaginação profética traz uma grande contribuição para se entender a atividade profética. Walter Brueggemann desenvolve a tese de que a função do profeta é alimentar, nutrir e evocar uma consciência alternativa em relação â consciência da cultura dominante que nos envolve. Mostra que a atividade profética não se relaciona primeiramente com uma crise pública específica e temporária, mas, antes de tudo, com a situação dominante que se fossilizou e endureceu, domesticando qualquer possibilidade de alternativa. Essa consciência, que o profeta alimenta, nutre e evoca, possibilita:
a) uma crítica desmanteladora da consciência dominante e a consequente rejeição e desligitimação da ordem estabelecida;
b) uma ativação de pessoas e comunidades rumo a uma nova situação, para a qual podem mover-se, em base ás promessas.
E Jesus de Nazaré é a plenitude e a quinta-essência dessa tradição profética.