A imprensa em transição, de Alzira Alves de Abreu (org.), faz uma das primeiras prospecções em livro do jornalismo brasileiro — a rigor, de alguns jornais brasileiros, sobretudo do Rio — nos anos 50. O livro, publicado pela Fundação Getúlio Vargas, contém quatro ensaios acerca da imprensa nacionalista, da célebre reforma do Jornal do Brasil, da imprensa carioca nesses “anos dourados” e uma análise dos suplementos culturais que o saudosismo celebra como ata diária do Iluminismo na imprensa. Os intelectuais, os monstros sagrados das artes é que faziam as críticas dos estreantes. Desse capítulo, escrito por Alzira de Abreu, transcrevemos o trecho que documenta a transição da crítica intelectual para a reportagem cultural.