Não existe nada melhor do que pertecer a própria pele, vestir o próprio corpo, aceitar o próprio ser.
"Todo mundo tem uma definição de homem e ela muda com o decorrer do tempo. Homem era o menino que terminou seu rito de passagem, o menino que cresceu, aquele que criou barba e a voz engrossou, que atingiu a maioridade. Eu nunca tive pelos na cara e nem a voz grossa. Será que me encaixo nessa categoria de homem?"
Marcelo leva uma trajetória marcante até descobri a relação dele com RG e como esse pequeno documento que carregamos desde pequeno não dita nossa existência. A identidade não é uma prova de que somos e nem de quem somos. Através dos vinculos criados e as experiências da sua caminhada até a fase adulta, Marcelo descobre a importância da própria identidade. Como o interior deve ser levado sempre em conta.
O conto é uma reflexão sobre como esse documento pode infectar os corpos dos meninos e adolescentes pretos, como ele quer impor uma existência apenas quando se "armam" com ela, a falsa ilusão de que estando com RG, você é um.
Contos / Literatura Brasileira