Nesta fábula moderna, Kundera opõe a potência da verdadeira libertinagem à impotência tirânica das imagens, os prazeres de Epicuro àqueles proporcionados pelos automóveis...
Opõe a velocidade dos bólidos que vão a lugar nenhum à lentidão de um tempo em que se podia passear pelas ruas e refletir.
O leitor atento encontrará ainda outros temas de reflexão nos diferentes planos deste romance. Recusando-se a dar entrevistas, o autor deixa a cada um o cuidado de tirar suas conclusões. Só aconselha, simplesmente, que se agarre o tempo.
A Lentidão, primeiro romance escrito por Kundera diretamente na língua francesa, em 1995, propõe uma discussão há um tempo profunda e prazerosa, sobre a dificuldade de apreensão do real ante a velocidade da vida moderna, a memória e o esquecimento, o clima frenético de hoje e uma época em se podia retardar o movimento em favor da fruição.
Literatura Estrangeira / Romance