A tradução do livro clássico de Sapir reaparece no Brasil num momento dos mais propícios. Com efeito,agora,o pêndulo da lingüística norte-americana se afasta do mecanicismo de Bloomfield e vai no sentido do seu amigo e contemporâneo,que dele teoricamente divergia nos pensamentos básicos e foi por isso marginalizado injustamente, pouco depois de sua morte,até os fins da década de 1960.A partir daí,em verdade,as Estruturas Sintáticas de Noam Chomsky e o ataque fulminante do jovem lingüista à psicologia behaviorista,representada na obra de Skinner (Lang. 35-26, 1959),começaram a se fazer sentir,valorizando indiretamente a figura e os trabalhos de Sapir.Bloomfield é que passou a ser, por sua vez,injustamente marginalizado, de acordo com o mau vezo norte-americano de polarizar as posições científicas.A esta edição me pareceu, por isso,interessante anexar um meu trabalho de 1963,que trata da história crítica da lingüística dos Estados Unidos,vista pelos olhos de um observador estrangeiro,e coloca Sapir em perspectiva histórica ao lado de Boas e Bloomfield. Desta sorte,procurei (não digo que o consegui) satisfazer o desiderato expresso na parte final do meu “Prefácio” à 1.ªedição desta tradução.
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