A luta de classes na União Soviética

A luta de classes na União Soviética Charles Bettelheim


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A luta de classes na União Soviética (Pensamento Crítico #6)


Primeiro Período (1917-1923)




Charles Bettelheim, economista francês mundialmente conhecido, estuda a União Soviética há 40 anos, conforme declara em seu prefácio. Em 1936 esteve na URSS pela primeira vez e em 1939 publicou um livro sobre planificação socialista. Seu segundo livro sobre o mesmo assunto, visto sob o prisma teórico e prático, saiu em 1946, um ano após o término da II Guerra Mundial. Em 1950 voltou a escrever sobre a União Soviética e visitou o pais várias vezes, identificado sempre com o processo que ali desenrolava e consciente de sua relevância para o destino da humanidade.
Ninguém mais autorizado, pois, para escrever sobre o tema que empresta o título a esta obra e que aos marxista dogmáticos parecerá inexato, uma vez que a revolução socialista subentende o desaparecimento da luta de classes, das próprias classes e da exploração do homem pelo homem.
A gênese desse trabalho foi a invasão da Tchecoslováquia pelos russos. Desde então, o autor sentiu-se no dever de analisar em profundidade os erros e contradições do modelo soviético de socialismo revolucionário que, apesar de seu alto desempenho no campo tecnológico, estavam à vista de todos. Segundo Bettelhem, o acúmulo de contradições conduziu à deterioração da economia soviética e da economia dos seus aliados no leste europeu; ao aguçamento das "divergências ideológicas com a China e ao cerceamento da liberdade na própria URSS. Ao mesmo tempo, a competição com os EUA levou-a a aumentar de modo crescente as despesas militares em detrimento do bem-estar do povo russo.
Para compreender essa evolução, o autor examina, no presente livro, todo o passado da União Soviética, principalmente os seus primórdios e antecedentes, tomando como termo de comparação os desdobramentos das revoluções chinesa e cubana. Esta última, com mais detalhe, por ter participado das discussões do planejamento econômico nesse país entre 1960 e 1966, quando caiu no desagrado de Fidel. Mas examina também as ilações da revolução cultural chinesa que lhe permitiram romper com o economicismo deturpador dos ideais dos ideais do socialismo. Como se vê, trata-se de um livro honesto e objetivo, porque trata cientificamente as questões do "socialismo" no país que pioneiramente o "implantou".
Os problemas do "socialismo" interessam hoje a dois terços da humanidade que se debatem na miséria e no subdesenvolvimento, buscando saídas para suas carências segundo modelos coerentes com a conjuntura internacional e com as condições internas de cada país.

Economia, Finanças / História / História Geral / Política

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Lucas.Sousa
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