A Psicologia da Felicidade

A cada ano centenas de títulos são publicados com conselhos sobre como manter a forma, como evitar o estresse, como ficar rico quando o mercado entra em colapso, ou como desenvolver a autoconfiança. Enquanto os livros de auto-ajuda ocasionalmente ajudam o leitor, é provável que sejam insatisfatórios a longo prazo, porque, na verdade, fazem muito pouco para realçar a qualidade da experiência; é um acontecimento comum demais na nossa cultura o tato de que o sucesso conduz somente a frustração, ansiedade e mais desilusões. Então, o que faz com que as pessoas sejam felizes por estarem vivas? Quais são as experiências que fazem a vida valer a pena?

Por mais de duas décadas, o Dr. Mihaly Csikszentmihalyi tem estudado estados de 'experiências máximas'. ou aquelas horas em que as pessoas relatam sentimentos de contentamento, concentração e envolvimento profundo. Estudos sistemáticos sobre a felicidade, realizados por outros psicólogos, confirmam suas descobertas de pesquisa que envolvem não o que as pessoas realmente querem dizer quando falam que estão se divertindo, mas também também aprendendo como chegam a esse estado de contentamento - e como alguns indivíduos afortunados são capazes de se manter nesse estado 'máximo'. Estas investigações revelam que o que faz com que a experiência seja genuinamente agradável é um estado de consciência que o Dr. Csikszentmihalyi chama de fluir - um estado de concentração tão centrado que ele se eleva à absorção absoluta em uma atividade.

De tempos em tempos, todos passam pela experiência de fluir e, com certeza, reconhecerão as suas características: as pessoas se sentem fortes, abertas, no controle sem nenhum esforço, desinibidas, e como se estivessem executando o máximo de suas capacidades. Tanto o sentido de tempo como os problemas emocionais parecem desaparecer. Existe um sentimento estimulante de transcendência, de irromper as fronteiras de identidade

A psicologia da felicidade revela como esse estado agradável pode, de fato, ser controlado e não deixado ao acaso. A chave é estabelecer desafios para nós mesmos, tarefas que não sejam tão difíceis nem tão fáceis para as nossas capacidades. Com tais metas aprendemos a ordenar os dados que entram na consciência e, dessa forma, a melhorar a qualidade de nossa vida.

Enquanto o fluir é alcançado com mais frequência em ambientes de lazer, por exemplo, quando escutando música, praticando algum esporte, ou engajado em algum hobby, o Dr. Csikszentmihalyi explica como toda atividade ou situação pode ser realçada se a pessoa compreende o princípio da experiência de fluir. Os prazeres de nossos sentidos, se usados para apreciar a vista de uma paisagem linda ou para a nossa própria sexualidade, as interações com membros da família e amigos, o trabalho e, até mesmo, a solidão podem se tornar fontes de prazer, de fluir. Essencialmente, uma pessoa que aprendeu a maximizar o fluir dentro da existência cotidiana pode conseguir fazer com que a vida, como um todo, se torna uma experiência unificada de felicidade e assim alcançar a harmonia e o significado da existência.

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