Ler esse livro é navegar em narrativas de realismo fantástico. Ivanor Florêncio nos leva em ondas desnudando as mazelas da humanidade de forma lírica e crítica ao mesmo tempo, sendo capaz de permear o íntimo, nas relações com a natureza, com a vida, com o planeta e com o cosmos com a mesma sutileza. Sem atribuir nomes aos personagens e evitar substantivas próprios, o autor nos conduz a conhecer pessoas instáveis instáveis lidando com uma catástrofe inimaginável, sendo obrigados a se reconhecerem como humanos interligados a tudo. Instados a perceberem seus prazeres libertinos, alimentares e gananciosos, apegados a coisas tão efêmeras, mesmo em face do vazio. A leitura deste romance é uma aventura demasiadamente humana, escancarando que essa terra não é para humanos famintos, nem para famintas pessoas
Ficção