Em Ação, Tempo e Conhecimento o Prof. Iorio mostra como a Escola Austríaca é erigida sobre esses três pilares, que ele denomina de "núcleo ou tríade básica". Desses três conceitos, surgem os chamados "elementos de propagação", a saber, a doutrina da utilidade marginal, o subjetivismo e as ordens sociais espontâneas. A Escola Austríaca, então, utiliza esse núcleo e seus elementos de propagação para analisar a Filosofia Política, a Epistemologia e a Economia. Esta é a síntese do livro, em que o autor dedica mais ênfase à análise econômica da Escola Austríaca.
Três grandes motivos forjaram a convicção de que a Escola Austríaca precisa ser novamente estudada sistematicamente pelos economistas, desde a sua formação nas universidades. O primeiro é que os fatos atestam sobejamente que ela tem muito a dizer e ensinar, o que me impõe a obrigação, como economista e professor, de estimular o maior número possivel de futuros profissionais no ramo - e também de outras áreas - a conhecê-la.
O segundo é que ela funciona mesmo - "it work!" - , porque explica corretamente a ação humana no mundo real, ao preocupar-se, mesmo em suas formulações teóricas, com a economia do dia-a-dia, (economy), e não apenas com os aspectos teóricos (economics). E o terceiro é o seu caráter humanista, porque analisa a economia não
como um compartimento estanque e sem comunicação com outros setores, mas de uma forma integrada com as demais atividades sociais de
natureza política, jurídica, psicológica, histórica, antropológica, ética e
cultural, ao amparo da filosofia e no bojo de uma teoria geral da ação humana. A Escola Austríaca rejeita o homo oeconomicus a que se restringe
a quase totalidade dos livros-textos da teoria econômica convencional,
porque considera o homem, a pessoa humana, em sua plenitude – e não
apenas suas ações econômicas.