Acender uma Fogueira

Acender uma Fogueira

Compartilhe


Acender uma Fogueira





Um homem, um cão, uma extensão de neve, o frio cortante; em Acender uma Fogueira não é difícil encontrar todos os ingredientes das histórias mais “clássicas” de Jack London, aquelas que mais contribuíram para construir a imagem literária do escritor. Neste caso, porém, a ambientação nos territórios inóspitos do Yukon, nos tempos da corrida do ouro desencadeada pela descoberta de fabulosas jazidas naquela região, é talvez menos relevante do que poderia parecer à primeira vista. Sem dúvida, o conto descreve uma cadeia de eventos que se desenvolvem num ambiente natural delineado com extraordinária eficácia (graças também ao fato de London, como se sabe, ter experimentado a vida no Yukon pessoalmente). Mas é indubitável que o escritor pretende aqui representar, por meio de uma história particular, alguma coisa universal, uma manifestação paradigmática da contraposição entre o homem e a natureza. Esse tema, na realidade, é recorrente em boa parte da produção de London, mas o resultado alcançado pelo autor em Acender uma Fogueira é particularmente convincente, talvez porque se trate de uma escrita muito mais enxuta, onde a narração, levando ao extremo certa tendência própria do naturalismo literário, é reduzida quase exclusivamente a um frio relato dos fatos. Os protagonistas do conto são um homem, de quem não sabe quase nada, exceto que se trata de um chechaquo, isto é, um novato no inverno do extremo norte, e seu cão, um husky guiado pelo puro instinto e bem mais “eficiente” que o dono na adoção de estratégias de sobrevivência. O cão não é aqui um verdadeiro companheiro do homem, e sim uma extensão de sua grande antagonista, isto é, a natureza; e como esta, também o cão se mostra um tanto indiferente ao destino do homem.

Artes / HQ, comics, mangá

Edições (1)

ver mais
Acender uma Fogueira

Similares

(1) ver mais
Contos

Resenhas para Acender uma Fogueira (0)

ver mais
Fazendo fogo
on 8/1/23


De início, trás uma breve explicação sobre um período nos EUA em que muitos homens se arriscaram em busca de riqueza em um ambiente gélido. Ao meu ver, podemos entender o cachorro como um "sistema" da qual não podemos fugir, sempre seremos massa de manobra, e quando saímos de cena, outro ocupa seu lugar. E quando tentamos lutar contra esse "sistema" para nos libertar ou nos salvar, somos impedidos por não ter forças contra esse "sistema". Talvez esteja viajando na maionese, mas é como... leia mais

Estatísticas

Desejam2
Trocam
Informações não disponíveis
Avaliações 3.6 / 35
5
ranking 26
26%
4
ranking 37
37%
3
ranking 26
26%
2
ranking 6
6%
1
ranking 6
6%

47%

53%

afonsojr
cadastrou em:
25/07/2018 12:27:07
Luis Fellipe
editou em:
12/09/2020 19:43:06

Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR