Adeus, Stalin

Adeus, Stalin Irene Popow


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Adeus, Stalin


Memórias da menina que fugiu da Guerra




Aos 78 anos, a autora conta que há quase três décadas amadurecia a ideia de escrever essas memórias, estimulada por amigos e familiares sempre interessados em mais detalhes a cada vez que ela contava uma passagem de sua vida. Já motivada pelo proje-to, em 1997 fez em companhia da filha primogênita Tatiana, uma viagem histórica de trem: Kiev-Donétsk. “Foi uma espécie de volta ao passado, às origens, às raízes, à fon-te... Com a câmera de vídeo, ela ia registrando minhas emoções e solicitava mais e mais descrições e relatos”, lembra Irene. De volta ao Rio, a autora conta que, ao ver o filme, surpreendeu-se com a expressão dos próprios olhos, enquadrados em close enquanto falava. “Minha voz e as histórias que contava não estavam de acordo com meu olhar. Pensei de novo: Tenho que escrever.”

As dúvidas sobre escrever ou não o livro desapareceram na noite em que saiu para jantar com o filho caçula, o cineasta Andrucha Waddington. “Não lembro por que comecei a discorrer sobre o 28 de outubro de 1941, o dia da ocupação pelo exército de Hitler da minha cidade natal, Stálino, na Ucrânia, onde moravam meus avôs maternos. Na época, eu tinha 8 anos e estava na casa deles.(...) De repente, me dei conta de que os olhos de Andrucha estavam cheios de lágrimas. Ele estava comovido com meu relato e chorava no restaurante lotado, onde as televisões transmitiam o encerramento dos Jogos Olímpicos de Atlanta de 1996, que nós tínhamos combinado de assistir juntos. Pensei: ‘os ecos da minha memória estão se tornando cada vez mais fracos, podem morrer totalmente até chegar aos ouvidos dos meus netos. A eles sobraria somente um relato indireto, se tanto’.
Foi naquele momento que decidi:
— Vou escrever!”

Em Adeus, Stalin!, Irene Popow cria um álbum de família para contar sua história, ricamente ilustrada por cerca de 30 fotografias de época, selecionadas em seus guardados ao longo da vida.

História

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on 30/6/14


A narrativa é encantadora porque não é amarga. São memórias. São memórias de tempos muito difíceis cujo tempo ajudou a esvair o fel que deveria impregná-las. Belíssimo relato.... leia mais

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