Nesta obra, Ana Holanda escreve: “adoraria que alguém tivesse me contado que amar é sobre expor suas fragilidades e, de volta, ter quem a acolha”. Amar é Ridículo é sobre a construção do amor a dois no dia a dia. Aprender a receber o silêncio sem a necessidade de ocupá-lo o tempo todo. É sobre gostar das miudezas da rotina. É amparar o outro a partir do que ele é e se deixar apreciar da mesma forma. Sem receio. E Ana faz isso de uma forma bonita, por meio de poemas e crônicas delicadas, em uma linguagem simples e sensível. Ao longo das páginas, o amor acontece na sala vazia, ou intermeada por músicas dos anos 1980, no café que é preparado no coador de pano e nas pequenas colheradas de açúcar para adoça-lo. No pão tostado e migalhas esparramadas na toalha de mesa. Na louça suja na pia. Sempre do mesmo jeito. Às vezes entre palavras. Às vezes no silêncio. Do amor.
Crônicas