A premissa que orienta o Antimanual de Criminologia é a de que as ciências criminais, programadas para anular as violências e afirmar os ideais civilizados, ao longo do processo de constituição (e de crise) da Modernidade, produziram o efeito oposto ao pôr em marcha uma tecnologia punitiva que se materializa no uso desmedido da força. Em consequência, a programação do sistema punitivo tem gerado inominável custo de vidas humanas.
O intuito da investigação é, portanto, expor a crise e provocar aberturas no sólido pensamento autoritário que rege os sistemas punitivos, apresentando alternativas à práxis criminológica contemporânea. Com base em uma abordagem interdisciplinar, o estudo de Salo de Carvalho aponta direções e sugere possibilidades para a reconstrução do modelo integrado de ciências criminais.
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