Uma retomada do ideário do movimento antropofágico que o questionasse, apontando seus pontos cegos e suas possibilidades de atualizações ativas e reativas, poderia contribuir para problematizar o modo de subjetivação, próprio do capitalismo contemporâneo? Mais especificamente: poderia esta retomada contribuir para problematizar o lugar do outro nesta nova figura dominante da subjetividade e nas formações no campo social que dela resultam? Poderia o know-how antropofágico, assim revisado, contribuir para confrontar esta figura e a política de relação com o outro que lhe é intrínseca, por meio de experimentações que nos deslocassem de seu domínio?
Ensaios / Filosofia