Aquila, o Gladiador de Arcano é mais do que uma fábula composta por criaturas fantásticas ou batalhas suntuosas. É, sobretudo, uma obra que propõe revelar ao leitor o íntimo de cada personagem, tanto de heróis quanto de vilões. E segue mais além: valendo-se da ficção, aborda o choque entre diferentes costumes, culturas e opiniões. Dentro dessa temática, estabelecem-se dois grandes momentos: A Batalha de Austral e A Ameaça de Kuro. No primeiro, o leitor se depara com um misterioso mundo gelado em que as paisagens, o clima e até mesmo as edificações se permutam com as emoções de seus habitantes.
É nesse cenário que se fundamenta a razão de toda a saga, em que o leitor acompanha a determinação de Aquila diante dos estranhos objetivos do mestre das terras frias: o Zelador. Ao roubar o núcleo de poder de Arcano, o Óvulo Celeste, até então guardado pela princesa Clara, aquele vilão dera início a uma série de confrontos, amparado por temíveis aliados. Submersos nesses confrontos, o herói Aquila e suas companheiras de jornada, Calliphora e Brisa, são conduzidos ao segundo momento da fábula, em que uma promitente era de sombras avança contra a ordem de Arcano.