Armários de vidro nasceu de um desejo pleno de sincero: ser. Assinado por três almas transgressoras, são bernardenses – Karina, Rafael e Pelvini – e alimentadas por dois mentores com olhar tolerante para o que é novo, este livro não está às margens do que é universalmente aceito, tampouco na margem do mundo das letras e da literatura: é certo dizer, metafórica e geograficamente, que este livro ultrapassa todas as bordas do campo.
Mas qual campo? Versando sobre o que é LGBT através de contos, poesias e outros textos de coração honesto, o tal campo pode ser um grito e um beijo, um sufoco, um tesão; mas aqui é personificado nas palavras que montam o armário transparente, sem fechaduras, em que os autores eventualmente moram. Quem quiser enxergá-los, terá este livro nas mãos e saberá o que fazer. Quem quiser escondê-los criará a possibilidade das pedras, claro, mas é preciso lembrar que existem quebras e quebras, e armários e armários. Se o seu não for de vidro, ouse, leia: atire a primeira pedra.