Arquitetura, Teatro e Cultura

Arquitetura, Teatro e Cultura Evelyn Furquim Werneck Lima


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Arquitetura, Teatro e Cultura


revisitando espaços, cidades e dramaturgos do século XVII




A arquitetura do edifício teatral elisabetano, dos corrales do Século de Ouro espanhol e dos primeiros palcos franceses do século xvii são objeto da primeira parte do livro que se debruça sobre as cidades de Londres, Madri e Paris, sua cartografia, e princípios arquiteturais utilizados para o teatro que não obedecia ainda ao modelo italiano e que, adotando adaptações de quadras de tênis, arenas de briga de ursos e pátios no interior de edificações, parecem ter descoberto o famoso “espaço encontrado” para a encenação teatral.

A organizadora aliou alguns ensaios decorrentes de sua pesquisa sobre arquitetura, teatro e cultura aos ensaios, que foram desenvolvidos por renomados pesquisadores internacionais, cujas investigações versam sobre temas análogos, como Jan Clarke da Duhram University e Franklin Hildy, da University of Maryland, ambos especialistas do mesmo Working Group Theatre Architecture of the International Federation for Theatre Research, do qual também faz parte a organizadora.

O segundo grupo de ensaios reúne especialistas nos estudos dos espaços teatrais e da dramaturgia, do século xvii, como Georges Forestier da Université Paris iv- Sorbonne, que discorre sobre a arquitetura e cenografia de uma das mais famosas peças de Molière: o Don Juan, enquanto o renomado historiador da cultura Roger Chartier, do Collège de France, aborda a discussão de um texto que ele atribui a Shakespeare e Fletcher que envolve personagens do Dom Quixote de Cervantes, que por sua vez é investigado por Esteban Celedón da Universidade Federal de Manaus.

Confirmando a contemporaneidade dos dramaturgos seiscentistas, dois diretores teatrais e acadêmicos, Andre Carreira e Walter Lima Torres Neto escrevem respectivamente sobre encenações modernas e contemporâneas de Cervantes – por meio de uma representação do Dom Quixote nas ruas de Goiás – e das montagens brasileiras de Molière e sua influência na dramaturgia nacional. Fechando o livro, o teórico Wolfgang Bock discorre sobre diferentes interpretações de Hamlet à luz de Walter Benjamin e Karl Schmidt.

Vale à pena conferir esta obra, organizada por Evelyn Furquim Werneck Lima, sobre tema tão instigante que certamente interessará aos estudiosos de arquitetura, de teatro e de história cultural que dispõem de pouquíssimos textos em português sobre esta rica relação.

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Flavio
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13/11/2015 15:40:13

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