As Aventuras de Rocambole #1

A França no Império de Napoleão III: elegância formal, nos gestos e posturas, em um quadro de ações rocambolescas! As histórias mais lidas em toda parte são os "romances de folhetim" (uma espécie de telenovela da época, publicada em capítulos seriados no canto de baixo dos jornais).

O sucesso e a popularidade da novela folhetinesca consagrada pelo grande público; obra de autores da marca de Eugène Sue, Alexandre Dumas, Charles Dickens... Poucos, porém foram tão lidos (e aguardados com tanta expectativa e frenesi) quanto Ponson du Terrail (1829 - 1871), especialmente no fenômeno d'As Aventuras de Rocambole.

'(...) os doze episódios que compõem os oito volumes da série podem ser divididos em duas partes: "Rocambole bandido" e "Rocambole agente do Bem". A primeira parte compreende os quatro volumes iniciais e retrata a vida na "boa sociedade parisiense" -- a sociedade do dinheiro, da qual todos querem participar... A segunda parte é formada pelos quatro volumes subseqüentes, e apresenta a vida do submundo, dos operários e das classes perigosas"."

As primeiras histórias de Rocambole (Les Drames de Paris: A Herança Misteriosa, por ex.) giram em torno do embate entre dois irmãos: o Conde Armand de Kergaz, da nobre Casa Kergaz da Bretanha, e o famigerado Andrea de Felipone [a.k.a. o Capitão Williams]. Kergaz representaria os valores genuínos da antiga aristocracia, civilidade, honra e moralidade. São esses valores que o impedem de antecipar as ações do irmão e dificultam a tarefa de coibir o sucesso de suas ações criminosas. Sir Williams herdou a personalidade altiva, "o olhar ardente e sarcástico peculiar às raças meridionais", o qual aprendeu a dissimular, para poder freqüentar a alta sociedade parisiense. O único personagem que realmente consegue fazer oposição a Andrea é Baccarat, cortesã da moda e rainha absoluta do demi-monde, cuja beleza e personalidade enlouqueciam os homens. Sua grande força e inteligência permitem que ela faça frente a Sir Williams (o dissimulado Andrea de Felippone) '.' [In: O Gênio do Bem e do Mal: Rocambole e as representações da sociedade francesa no II Império de MÁIRA DE SOUZA NUNES, São Paulo, julho 2011].
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[From Wikipedia, article containing spoilers!] 'Rocambole is introduced in the series as a highly resourceful adolescent, an orphan adopted by the wily crone, Maman Fipart. He first assists the evil Andrea de Felipone, a.k.a. Sir Williams, in his fight against Andrea's half-brother, the Comte de Kergaz. A major protagonist in the battle is a courtesan with a heart of gold and a fearless temper, Louise Charmet, a.k.a. Baccarat. In the third novel of the series, Rocambole takes over and kills Sir Williams. But his evil schemes are again thwarted by Baccarat, and he ends up imprisoned in the hard labor camp of Toulon (the same where Jean Valjean was imprisoned in Les Misérables.) '-' (...) The later novels portray Rocambole as a fearless hero fighting a variety of dastardly villains such as the Thuggee, etc. He has become a veritable mastermind who has been to India and has gathered around him a coterie of equally talented assistants. (...) In a final chapter to the sixth volume, Ponson du Terrail revealed that Rocambole really existed and was narrating his own exploits through him, making Rocambole perhaps the first metafictional hero of his kind '.'
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Rocambole anticipates characters such as A.J. Raffles, Arsène Lupin, Fantômas, The Saint, Doc Savage, Judex and The Shadow. The 9th book / volume: "La Corde du Pendu" (1870), never completed... Then Rocambole Series continued by other writers: Constant Guéroult, Jules Cardoze, Leite Bastos, Frédéric Valade, Michel Honaker, etc.
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http://www.revistadehistoria.com.br/secao/leituras/trapaceiro-como-tout-le-monde

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