Atikum

Atikum Giovani José da Silva


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Os índios negros de Mato Grosso do Sul




Os Atikum desafiam a Etnologia clássica, pois se diferem muito daquilo que o senso comum denominaria “índio de verdade”. A cor da pele é escura, falam apenas a língua portuguesa e são considerados “misturados”, inclusive por outros indígenas. O único sinal aparente de sua condição étnica se constitui na realização do ritual do Toré, em que os “encantos de luz” são invocados e dão força aos “caboclos da Serra do Umã”, autodenominação do grupo. No entanto, identificam-se como indígenas e são identificados pelo órgão indigenista oficial (inicialmente SPI, depois Funai) como tais, pelo menos desde a década de 1940. Os Atikum mais velhos que vivem em Mato Grosso do Sul saíram da Serra do Umã, estado de Pernambuco, em fluxos migratórios distintos, entre fins da década de 1970 e início dos anos 1980, cruzando parte do território brasileiro até se estabelecerem no município de Nioaque. Cada uma das famílias ali existentes possui específicas trajetórias de migração e, em diversos momentos, essas famílias perambularam de forma isolada, seguindo seus respectivos caminhos, até voltarem a se organizar coletivamente em torno de um território, ainda que restrito, cedido a eles pelos Terena da Terra Indígena Nioaque. Depois de mais de três décadas de presença no Centro-Sul brasileiro, os “caboclos” aguardam, com alegria e expectativa, a conquista de um território próprio.

História do Brasil / Sociologia

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