Orlando Fedeli


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Nascimento: 07/02/1933 - 09/06/2010 | Local: Brasil - SP - São Paulo

Nasceu em 1933, na cidade de São Paulo, filho de imigrantes italianos. Estudou no Colégio Dom Bosco, de padres salesianos, e no Colégio Nossa Senhora do Carmo, de irmãos maristas. Foi oficial da reserva do Exército, arma de infantaria pelo CPOR/SP. Em 1954, graduou-se em história na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, onde teve como professor Plínio Corrêa de Oliveira. Era doutor em história pela Universidade de São Paulo. Foi professor em escolas secundárias de São Paulo, além de ministrar aulas na PUC-SP e em Universidades do Canadá e dos Estados Unidos. Viajava por todo país, e algumas vezes ao exterior, ministrando aulas e palestras.[1]

Participou durante trinta anos da organização Tradição, Família e Propriedade (TFP), que tem como fundador Plínio Corrêa de Oliveira. Mais tarde, saiu dessa entidade. Passou a combater a TFP e os Arautos do Evangelho, Associação Católica fundada por Monsenhor João Scognamiglio Clá Dias, de quem foi professor e diretor espiritual, mas com quem rompeu mais tarde, por se terem tornado "seitas" que prestavam um culto heterodoxo ao seu fundador.

Seus escritos se posicionam contra o Concílio Vaticano II, a liberdade religiosa, o modernismo, o gnosticismo, a maçonaria e a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Também escreveu sobre a Idade Média, da qual era admirador, e sobre o romantismo alemão, tema de sua tese de doutorado, o que o faz um dos poucos especialistas brasileiros no tema. Trabalhava na defesa e promoção da Missa Tridentina, a qual recebeu renovado interesse após a publicação do motu próprio do Papa Bento XVI (Summorum Pontificum). Entre o final de 2004 e o começo de 2005, no meio das polêmicas sobre o uso de células-tronco embrionárias, recolheu mais de 150.000 assinaturas contra seu uso. No dia 26 de janeiro de 2005, entregou ao Papa João Paulo II, no Vaticano, uma placa representando as assinaturas.

Debateu com Hélio Bicudo sobre a pena de morte, com Olavo de Carvalho, com os representantes do Instituto Paulo VI de Brescia sobre o modernismo, com Felipe Aquino, membro da comunidade Canção Nova, e com Dom Estevão Bettencourt, monge beneditino. Era grande combatente da Teologia da Libertação, da Renovação Carismática Católica e do Ecumenismo, por isso criticava Leonardo Boff, Frei Betto, padre Marcelo Rossi e monsenhor Jonas Abib, entre outros.

Lançou quatro livros; o primeiro, Nos labirintos de Eco, é uma interpretação do famoso romance de Umberto Eco, O Nome da Rosa. Nele relacionou o romance passado na Idade Média com acontecimentos históricos desse período, com a história do século XX e com as relações de Umberto Eco com o escritor argentino Jorge Luis Borges. O segundo livro, Carta a um padre, é uma exposição e crítica das doutrinas que foram defendidas no Concílio Vaticano II. Nesse livro, Fedeli argumenta que as doutrinas dos teólogos do Vaticano II são derivadas da teologia modernista condenada pela Igreja Católica, principalmente pelo Papa São Pio X. Afirma ainda uma forte influência do pensamento heterodoxo no Concílio. "Antropoteísmo: a religião do homem" é um resumo das suas concepções sobre o esoterismo ao longo da história universal."No País das Maravilhas: a Gnose burlesca da TFP e dos Arautos do Evangelho", é uma crítica ao grupo católico-conservador Tradição Família e Propriedade, acusado por Orlando Fedeli de ser uma seita esotérica e promover um culto heterodoxo a Plínio Corrêa de Oliveira.[2]

No Brasil, é considerado um dos principais líderes leigos do catolicismo tradicionalista, contra as posições de alguns setores da CNBB. A Associação Cultural Montfort é muito criticada devido a suas posturas consideradas radicais e fiéis aos ensinamentos tradicionais da Igreja.

Filosofia
História
Religião e Espiritualidade

Livros publicados por Orlando Fedeli (5) ver mais
    Vaticano II
    No País das Maravilhas
    Antropoteísmo
    Carta a um padre
    Nos Labirintos de Eco


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