Francisco Marins, natural de Pratânia, SP, passou seus primeiros anos numa pequena propriedade rural, em contato com a terra e com a cultura do café. Como homem de empresa, dedicou-se aos problemas do livro e à causa da valorização e divulgação da leitura, exercendo a presidência da Câmara Brasileira do Livro e da Academia Paulista de Letras. Criou, na cidade de Botucatu (interior de São Paulo), o “Convivium ― Espaço Cultural Francisco Marins” e o “Clubinho Taquara-Póca”, que visam promover o interesse pela vida rural, natureza e ecossistema. Em Pratânia, onde existe uma biblioteca com seu nome, desenvolveu amplo projeto cultural: “Taquara-Póca e Prata Antiga”, uma espécie de Pica-pau amarelo lobatiano.
Autor da série de livros infanto-juvenis sobre a fazenda Taquara-Póca, assim como de romances de caráter histórico, tendo por cenário o interior do Brasil durante a época de seu desbravamento. Formulou a idéia de contar em seus livros sobre a vida do interior e, também, sobre a epopéia de integrar o território, as passadas sertanistas, as bandeiras, a lenda dos Martírios, bandeirismo, bandeiras fluviais, Expedição Langsdorff, etc.
Traduzido em quinze idiomas, recebeu prêmios e distinções literárias, como a indicação ao prêmio internacional Hans Cristian Andersen, prêmios da Academia Brasileira de Letras, União Brasileira de Escritores, Prefeitura Municipal de São Paulo, Jabuti, Pen Club de São Paulo, Calipso e Lourenço Filho. Tem seu nome em verbete na Oxford Children’s Literature e é o único escritor brasileiro a figurar na famosa coleção européia Delphin, que reúne clássicos de literatura juvenil de todo o mundo.