Bárbara, A Heroina da Inconfidência

Bárbara, A Heroina da Inconfidência João Francisco de Lima


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Bárbara, A Heroina da Inconfidência





https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Bárbara_Heliodora
'(...) Duas personalidades femininas ladeiam os inconfidentes: Marília de Dirceu (a noiva de Tomaz Antônio Gonzaga) e Bárbara Heliodora (a esposa de Alvarenga Peixoto). O poeta Alvarenga Peixoto dedicou à sua esposa várias poesias.
A saber:
Bárbara Bela
do Norte estrela
que o meu destino
sabes guiar,
de ti ausente,
triste, somente
as horas passo
a suspirar.
Isto é castigo
que o amor me dá.

Após três anos de prisão, em 18 de abril de 1792, os prisioneiros ouviram a sentença que os condenava: só Tiradentes seria enforcado e seus membros esquartejados e sua cabeça posta no alto, empalada em Vila Rica. Trocada a pena de morte para exílio em África, Alvarenga Peixoto é enviado a Angola. Bárbara Heliodora pediu à corte que a deixasse acompanhá-lo, o que lhe foi negado. Mais tarde ele faleceu em Ambaca, em 1792, com 49 anos.

Bárbara Heliodora participara de algumas reuniões onde a situação era contada à meia voz, deu prova de sua intemerata consciência e é considerada como heroína da Inconfidência Mineira, por sua coragem em não deixar que seu esposo vacilasse dizendo-lhe a célebre citação emblemática: Trair Jamais. “Embora não importa, seja infinito o sofrimento cruel”.

Após o degredo de seu marido, Bárbara lutou para receber a meação de seus bens, pois se viu pobre e sem recursos para educar seus filhos. Como prova de sua instrução e capacidade intelectual escreveu cartas para seu compadre e amigo de Alvarenga Peixoto, senhor João Rodrigues de Macedo (cidadão respeitado em toda a capitania e contratador dos direitos reais) solicitando-lhe ajuda para receber a meação de seus bens, o que comprova sua capacidade de administrá-los, propondo-lhe que fosse seu sócio e assim conseguiu manter-se e a seus filhos.

Ressalte-se a grande dor da perda de sua primogênita Maria Efigênia em acidente, evidenciando sua grande prosternação.

Após a devassa, Bárbara Heliodora Continuou morando em São Gonçalo do Sapucaí, onde faleceu aos 24 de maio de 1819, com 60 anos, vítima de Tuberculose. Foi enterrada com o hábito da Ordem Terceira do Carmo da qual fazia parte. Nove padres participaram de suas exéquias.

Embora dois de seus filhos tenham sido internados por problemas mentais, Bárbara Heliodora, como muitos querem, não era louca e sim passou por depressão profunda, tendo seu filho Tristão também falecido com Tuberculose.

Os biógrafos de Bárbara Heliodora se empenharam durante décadas nos estudos sobre a Inconfidência Mineira em pesquisar sua origem e dados que ilustrassem a vida da que, inevitavelmente, sofreu, na pele a na alma, a desventura de participar não apenas como esposa do Inconfidente Alvarenga Peixoto, ex-ouvidor da Comarca do Rio das Mortes e Coronel, mas, como cidadã brasileira e heroína da tragédia que se abateu sobre Minas Gerais.

Aventura / Biografia, Autobiografia, Memórias / Comunicação / Crônicas / Drama / Ficção / História / História do Brasil / Literatura Brasileira / Política / Romance / Suspense e Mistério

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