"Como um Guimarães Rosa urbano, Fausto Fawcett tira sua língua nova dos grandes sertões do subúrbio, carioca, das veredas de Copacabana, uma língua feita de palavras absurdas de impuras, cujo sentido se transforma no contato de umas com as outras, numa montagem pop-barroca. Essa língua recorre a todos os costumes de rua, a todos os dicionários eruditos, às páginas de imprensa policial, mas sobretudo à sintaxe nova do cinema, do vídeo e da televisão. Básico instinto é a obra de um dos artistas que, no Brasil, melhor compreendeu a nova visão de um homem sem destino preciso, que não ruma necessariamente a direção predeterminada alguma. Um homem cujo destino é o êxtase da crise permanente." (Cacá Diegues)
Contos / Literatura Brasileira