Black Music

Black Music Arthur Dapieve


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Black Music





Quando um seqüestro aproxima um garoto americano que vive isolado do mundo real, um instável traficante de 17 anos e uma de suas namoradas, o inusitado acontece: forma-se uma relação triangular e cada uma das pontas se vê obrigada a repensar seu futuro. Dessa relação alimentada por sexo, música (jazz, rap e funk), violência e sonhos ameaçados, emerge um lirismo improvável e contundente. Como Black Music.



Um ônibus escolar está descendo uma rua sinuosa de um bairro carioca quando é interceptado por um carro em que estão três Bin Ladens. Um deles salta do veículo, entra no ônibus segurando uma Uzi e pergunta, com uma voz rouca:



– Maicon Filipe?



Depois dessa cena, a vida de três pessoas nunca mais será a mesma. Um deles é Michael Philips, garoto de 13 anos que sabe tudo de jazz e basquete, mas quase nada de sexo. Por trás de seu seqüestro está He-Man, traficante de 17 anos que sonha em se tornar o maior rapper do Brasil. Ele coleciona namoradas no morro e uma delas se chama Jô, de 16 anos, que aprendeu a maior parte do que sabe conversando com uma irmã ex-prostituta e ouvindo os funks de Tati Quebra-Barraco.



Uma rotina logo se estabelece. Enquanto o pai do americano não paga a fiança, He-Man fica encarregado de aterrorizar Michael (ou, como ele diz, Maicon). Cabe a Jô limpar e alimentar o seqüestrado. Aos poucos, no entanto, começa a surgir um vínculo entre os três. Uma ligação marcada por sensações conflitantes, até proibidas. Sonhos são revelados e, por alguns breves momentos, compartilhados. A raiva e o medo dos que estão em campos opostos dão lugar a sentimentos menos sombrios, como amizade, compaixão e, quem sabe?, amor.



Black Music consegue construir uma narrativa dentro da favela sem, no entanto, resvalar na mais do que batida literatura da miséria. Em vez disso, Arthur Dapieve nos oferece outra visão. Perturbadora, sim, mas também delicada e bem-humorada.

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Original, mas apelativo
on 16/11/11


Já nas primeiras páginas de "Black music" estava cogitando a ideia de desisti-lo, apesar da sinopse interessante. Persisti um pouco mais porque o livro completo não passa de 120 páginas - conseguiria lê-lo rapidamente. Esse meu surto foi pela narração amalucada do autor no início do primeiro capítulo. Umas frases gigantescas, sem pontuação, cheias de informações vibrantes que cansam e irritam. Mas só depois, no final, é que se saca a grande poesia daquele emaranhado de adjetivos, metáf... leia mais

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