As mulheres sempre foram curandeiras. Eles eram os médicos e anatomistas sem licença da história ocidental. Eles eram aborcionistas, enfermeiros e conselheiros. Eles eram farmacêuticos, cultivando ervas curativas e trocando segredos de seus usos. Eram parteiras, viajando de casa em casa e de aldeia em aldeia. Durante séculos, as mulheres eram médicas sem diplomas, impedidas de livros e palestras, aprendendo umas com as outras e passando a experiência de vizinho para vizinho e mãe para filha. Eles eram chamados de “mulheres sábias” pelo povo, bruxas ou charlatões pelas autoridades. A medicina faz parte da nossa herança como mulheres, da nossa história, do nosso direito de nascença... A supressão das mulheres curandeiras pelo estabelecimento médico foi uma luta política, em primeiro lugar, porque faz parte da história da luta sexual em geral... segundo, na medida em que era parte de uma luta de classes... Este panfleto representa um começo da pesquisa que terá que ser feita para recapturar nossa história como trabalhadores da saúde... Conhecer nossa história é começar a ver como retomar a luta novamente. — trechos da Introdução do livro.
Medicina e Saúde