Reunindo belíssima iconografia, com imagens impactantes que falam do refinamento dos povos africanos – especificamente os de Angola – na criação de penteados como verdadeiras esculturas, o livro mostra também que a arte de trançar cabelos crespos e lanosos não só marca a identidade de africanos e afrodescendentes brasileiros, como representa um dos laços culturais que une o Brasil à África. Aspectos da história daquele continente e de sua luta pela independência política, os povos Banto, a chegada dos africanos ao Brasil, os tantos significados que têm a cabeça e os cabelos para os povos africanos, a valorização da identidade negra são alguns dos temas tratados pelo autor. Ao final, as histórias de vida de Lola, Negra Jhô e João Pedro, cabeleireiros especializados em penteados afro, revelam como eles mantêm viva a estética de seus antepassados.