Canibalismo de Outono

Canibalismo de Outono Arturo Gouveia de Araújo


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Canibalismo de Outono





“Vocês precisam entender que nada disso está acontecendo.” A distinção entre real, fictício e imaginário se quebra neste livro por meio de um excesso de efeitos de real que impressionam pelo absurdo da situação, ao mesmo tempo em que a impressão de absurdo é liminarmente desfeita, num lance contra a banalização do imaginário e a favor de uma consideração mais sensata sobre a concretude da existência humana.

O excesso orgíaco do texto romanesco de Arturo Gouveia convida o leitor a no mínimo dois tipos de evocação: um, a música barroca; outro, a obra de Georges Bataille (1897-1962) e suas noções de dispêndio e de erotismo. Essas evocações se unificam na dimensão religiosa em cada detalhe desse livro também ele barroco e exuberante. Tudo é linguagem, tudo é religião; mas o leitor começará a desconfiar dessas verdades quando se perguntar, em meio às astúcias da razão narrativa empenhada aqui, sobre a realidade da juíza, interlocutora constantemente pressuposta do narrador. Entre a ficção literária e a realidade jurídica, não estaria Arturo Gouveia, com essa obra, exigindo um lugar ao lado de Franz Kafka?

Abrahão Costa Andrade

Romance

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on 25/3/18


Uma obra executada de forma magistral, carregada de referências da literatura mundial, incluindo muitas Joyceanas, e abarrotada de poemas do próprio autor. Uma história de vingança com uma forma impressioanate.... leia mais

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23/09/2016 17:05:11

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