Carta a Meneceu sobre a felicidade

Carta a Meneceu sobre a felicidade Epicuro


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Carta a Meneceu sobre a felicidade





A busca pela felicidade é o tema central da Carta a Meneceu, e os caminhos para se chegar a ela são dois: a saúde do corpo e a serenidade do espírito. São preceitos que valorizam os prazeres naturais e os essenciais à vida como fundamentais ao bem-estar. O controle sobre o desejo também é visto como um importante meio para a felicidade e que o homem sábio consegue ser feliz só com o que é estritamente necessário.

Inicia com uma exortação ao exercício da filosofia, considerada desde logo como uma disciplina cuja única meta é justamente tornar feliz o homem que a pratica. Após essa introdução, Epicuro transmite ao discípulo os tópicos que considera essenciais para essa busca permanente da felicidade. Fala sobre deuses, morte e vida, focando não na sua duração, mas na qualidade.

Na sequencia, analisa as várias modalidades de desejo, acompanhadas da necessidade imperiosa de controlá-lo, tendo em mira tanto a saúde do corpo quanto a tranquilidade do espírito, o que, por outro lado, não deixa de ser também uma boa definição do próprio prazer, tal como Epicuro o concebe.

Ao final afirma que o homem sábio jamais deve acreditar cegamente no destino e na fortuna como se estes fossem fatalidades inexoráveis e sem esperança, em resumo, defendo que a prática correta desses ensinamentos será capaz de levá-lo à mais completa felicidade, fazendo-o sentir-se como um deus imortal entre os homens mortais.


Trechos:

“Que ninguém se demore a buscar a sabedoria quando for jovem, nem se canse na busca dela quando envelhecer. Pois nenhuma idade é muito cedo ou muito tarde para a saúde da alma.”

“Devemos lembrar que o futuro não é totalmente nosso nem totalmente impedido a nós, de modo que não devemos contar tão certamente com ele, nem nos desesperar tanto temendo que não venha.”

“Não se trata de uma sucessão ininterrupta de bebedeiras e folias, nem de ato sexual, nem de prazeres de mesa requintada, que produzem uma vida agradável; é raciocínio sóbrio, buscando os fundamentos de toda escolha e abstenção, e banindo aquelas crenças pelas quais as maiores perturbações tomam posse da alma.”

Epicuro foi um escritor volumoso, mas quase nenhum de seus próprios trabalhos resistiu. Diógenes Laércio, escreveu um livro de 10 volumes, Vidas dos Filósofos, que inclui três das cartas de Epicuro em sua narrativa da vida e ensinamentos de Epicuro. Estas três cartas são breves resumos das principais áreas da filosofia de Epicuro: a Carta a Heródoto, que resume sua metafísica, a Carta a Pitócles, que dá explicações atômicas para fenômenos meteorológicos, e a Carta a Meneceu, que resume sua ética, esta última é mais conhecida como Carta sobre a felicidade, já que versa justamente sobre a conduta humana tendo em vista alcançar a tão almejada saúde do espírito.

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