Cartas ao morcego

A pandemia do novo coronavírus se mostrou uma consequência das formas com que a humanidade lida com a natureza. Tal constatação, porém, não nos levou a uma mudança de atitude e mais, criou um impasse, onde alguns humanos urgem por mudanças, enquanto outros colocam suas fichas na tecnologia e em mais do mesmo.

Uma sequência de cartas a um morcego – tido por muitos como a espécie culpada pela pandemia do novo coronavírus - as relações da humanidade com os seres com que compartilha o planeta são debatidas e problematizadas no mais novo livro de Nurit Bensusan, escrito em seu período de isolamento social.

O tom crescentemente intimista das cartas conduz a possibilidade de discutir o assunto não apenas de forma científica e biológica, mas também mobilizando outros elementos culturais para essa correspondência.
Segundo Fabio Scarano, o livro é “um caleidoscópio e crochê. Um arranjo permanentemente mutável – ora brilhante, ora sombrio – de seres, estados de ser e ideias, levemente entrelaçados por um crochê multidimensional.

O resultado é um livro sobre linguagem, diálogo e comunicação. Sobre a tentativa, ou talvez a necessidade de ser um, com o outro”.