Casulos

Casulos Rômulo Moraes


Compartilhe


Casulos





Se tudo pode ser assunto para o artista, precisaria haver um instante “nobre” em que o assunto se transforma em poesia, do contrário tudo estaria banalizado, tudo seria apenas coleção para o apenas pseudo poeta. Dirão que “é o processo”. Mas precisa haver, também dentro do processo, um instante caótico, ou muitos instantes caóticos, em que a transformação se dá e a coisa de fato anda. Esse instante é o que Rômulo Moraes parece tentar congelar nos poemas de Casulos. É um pouco uma meditação, um ficar parado enquanto a coisa se forma, mas também uma espontaneidade, um escrever quase sem perceber e torcendo para que a sabedoria invada as palavras na correria (a cruz do Twitter). No entanto, o instante é também envenenado por Rômulo, e pelo bem do instante. Todos sabem que hemoglobinas, lápis-lazulis e bergamotas não habitam a vida de um rapaz como ele, mas todos sabem também que esses entes são acessíveis, porque – dê ao escritor um instante – aparecem no seu horizonte de pesquisa alquímica, que é logo o horizonte da memória e logo, logo, o da presença. Tudo com pinça, cardápio e gentes, nesse devir aí. A meu ver, Rômulo tenta que tudo habite um estado de graça e futilidade das palavras. Nada de novo, portanto, mas casulos reais, modelos nascentes para ele e agora passados adiante.

– Mario Cascardo

Literatura Brasileira / Poemas, poesias

Edições (1)

ver mais
Casulos

Similares


Estatísticas

Desejam
Informações não disponíveis
Trocam
Informações não disponíveis
Avaliações 0 / 0
5
ranking 0
0%
4
ranking 0
0%
3
ranking 0
0%
2
ranking 0
0%
1
ranking 0
0%

0%

0%

Marcelo Nogueira
cadastrou em:
07/03/2021 11:04:13
Roberto
editou em:
08/04/2024 16:13:30

Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR