"Meninos são melhores em matemática. Meninas têm mais facilidade para expressar sentimentos. É assim que somos feitos.”
Afirmações como essas fazem parte do nosso dia a dia, mas será que a equação é tão simples assim? Em Cérebro azul ou rosa: o impacto do gênero na educação, a neurocientista Lise Eliot nos instiga a repensar essas questões. Com base em suas pesquisas no campo da neuroplasticidade, a autora argumenta que os cérebros dos bebês são tão maleáveis que as diferenças pequenas e sem importância no nascimento são aumentadas ao longo do tempo conforme os pais, os professores, os pares – e a cultura em geral – reforçam, involuntariamente, estereótipos de gênero.
É verdade que os genes e os hormônios desempenham um papel nas diferenças menino-menina, mas eles são apenas o início. Fatores sociais, tais como a nossa maneira de falar com um filho homem e com uma filha mulher, de incentivá-lo a – ou dissuadi-la de – ser fisicamente aventureiro, estão se revelando muito mais importantes do que pensávamos.
Nesta obra, Lise Eliot oferece uma ajuda concreta a pais e professores. Ao examinar como surgem as diferenças entre os sexos – em vez de simplesmente aceitá-las como fatos biológicos – podemos ajudar todas as crianças a atingir seu pleno potencial e encerrar as guerras de gênero que atualmente nos dividem.
Comentário do Especialista
Deborah Blum
Ganhadora do Prêmio Pulitzer e autora de Sex on the Brain: The Biological Differences Between Men and Women.
" Eu gostaria de ter lido este livro quando meus filhos eram pequenos. Ele é brilhante ao falar sobre a nossa biologia, brilhante ao falar sobre a nossa cultura – e realmente nos faz pensar ao examinar como ambas se cruzam. "