Aos conceitos, imagens e coração do autor, Ruy Belo ofereceu palavras, consciente de que a tradução é em si mesma imperfeita e criadora de uma nova obra literária. Cidadela é impossível de inserir num género específico, pois é composta por um léxico próprio, de vocábulos iluminados por um sentido outro. O sentido do que é autêntico, sincero e participado, pois, para Saint-Exupéry, só quem colabora é. E Cidadela é, porque reflecte o coração do homem simultaneamente singular e universal que procura e se pacifica ao considerar o silêncio como uma das respostas possíveis.