Escrito em linguagem simples, Clara Rosa não é nome de flor é uma lição de amizade para as crianças. Com seu jeito engraçado e sincero, a bagunceira assumida Clara Rosa aprende a lidar com algumas perdas em seu cotidiano. Uma delas é a mudança para outro estado da família de seu melhor amigo, Júlio. Eles são companheiros desde a pré-escola e formam uma dupla perfeita. Um sabe exatamente o que o outro está pensando, apesar das diferenças de personalidade e de habilidades.
Júlio é caprichoso para colagens e sabe mais frações, enquanto a caligrafia de Clara Rosa é muito melhor. Os parceiros se completam mesmo: ela come o creme dos biscoitos recheados e ele fica com as bolachas. Dona de uma "imaginação hiperativa", segundo o professor Porto, Clara Rosa embarca com prazer nas viagens promovidas por ele em sala de aula, em que desfruta a companhia obrigatória de Júlio, seu vizinho de carteira. É também com muita imaginação - e uma boa pitada de ironia - que ela faz de tudo para boicotar a venda da casa dos pais do amigo. Mas não tem jeito.
A dificuldade de falar no assunto leva os dois a iniciarem uma briga em torno da bola de chicletes que estão preparando juntos. Talvez seja uma maneira de amenizar a dor da separação. Clara Rosa chega a fazer uma lista para escolher um outro melhor amigo. Mas descobre que "não é como fazer uma lista de compras". E chega a hora de pedir desculpas, fazer as pazes e jurar saudades. Clara Rosa já pensa em juntar dinheiro para os telefonemas e quer decorar o quanto antes o novo número do telefone de Júlio.