De mim já nem se lembra

De mim já nem se lembra Luiz Ruffato


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De mim já nem se lembra





Intocado, o maço de cartas migrou de um móvel a outro, sucumbindo afinal à premência das cotidianas inutilidades. Receava, embrenhando-me naquele deserto de episódios, afogar-me em traiçoeiras lembranças movediças? Talvez. Mas, mais comezinho, julgo que empurrava-me o orgulho provocado pelo ciúme. Minha mãe cuidou para que a memória do filho mais velho não se desvanecesse e, neste labor, que implicava renúncia e provoção, distraiu-se de mim, da minha irmã. Pelejei contra essa cisma, que me acossava as noites, mas o aguilhão picava minha pele.

Ao abrir uma caixa pequena e ignorada, encontrada no quarto da mãe falecida, a caixa "onde a mãe abrigara seu coração esfrangalhado", o narrador se depara com um maço de cartas cuidadosamente enfeixadas com um barbante. Escritas pelo irmão, vitimado por um acidente, dirigidas apenas à mãe, essas cinqüenta cartas reúnem um passado. A redescoberta da sensibilidade desse irmão desaparecido provoca uma reconstrução das antigas memórias familiares, desdobrando-se em dúvidas: como teria realmente acontecido essa perda?

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16/06/2010 09:27:46

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