De Truk a Narvik

De Truk a Narvik Nestor Magalhães


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De Truk a Narvik


Mergulhando na História




Truk Lagoon foi uma antiga base japonesa no Pacífico Ocidental, bombardeada à extinção pela Marinha Americana em 1944. O fundo de areia branca da laguna estava juncado de naufrágios: eram dezenas de navios, aviões, tanques, canhões e restos humanos. Mergulhei e explorei uma boa parte desses destroços, vivendo e coletando fatos emocionantes.
Já no Havaí, mergulhei no naufrágio de um caça Corsair. Refiz, no próprio local, detalhes do ataque japonês à base americana de Pearl Harbour. Visitei o encouraçado USS Missouri, os memoriais do USS Arizona e do USS Oklahoma, o submarino USS Bowfin, museus e locais históricos da Guerra do Pacífico.
Também estive no Egito, para uma série de mergulhos no SS Thistlegorm, cargueiro inglês pleno de material bélico, afundado por aviões alemães, em 1941, no Golfo de Suez. Aproveitei o momento para conhecer ainda o campo de batalha de El Alamein,os cemitérios inglês e alemão, bem como realizei uma eletrizante busca em pleno deserto pela Pirâmide de Marseille, memorial que marca o local onde, em 1942, caiu o corpo do Capitão Hans-Joachim Marseille, a Estrela da África.
Fiz ainda um intervalo em Praga, para rastrear as marcas da Operação Antropoide - o assassinato de Heydrich.
Todavia, isso tudo ainda era muito pouco. No verão de 2014, pousei nas Ilhas Orkney. Era lá que estava o ancoradouro de enorme importância histórica em duas guerras mundiais: Scapa Flow, velho porto viking no passado e sede da Home Fleet. Suas águas frias e razoavelmente profundas receberam, em 1918, a Esquadra de Alto-Mar Alemã que se rendia e que, no ano seguinte, lavaria a sua honra através de um combinado suicídio coletivo sob amarras. O fundo do mar, neste lugar, estava pontuado de encouraçados, cruzadores e destróieres. Mergulhei neles e revisei as suas histórias.
Entretanto, ainda tinha mais. Foi nessa baía que, em 1939, o submarino alemão U 47, comandado pelo Kapitänleutenant Günther Prien, penetrou e afundou o encouraçado HMS Royal Oak, talvez a mais formidável façanha de um submarino em todas as guerras. Percorri a rota de Prien, da entrada por Kirk Sound à boia verde que marca o naufrágio do grande navio e que, atualmente, é uma triste sepultura de guerra.
Por fim, fui à Noruega, local de grande influência estratégica e onde aconteceram duros combates durante a Segundo Guerra Mundial. Foi lá, além do Círculo Polar Ártico, que mergulhei e explorei o que sobrou do naufrágio do encouraçado alemão Tirpitz, afundado por bombas aéreas em 1944, ao largo da Ilha Hakoy. Mas foi em Narvik que, suportando a água fria, igualmente mergulhei e percorri os naufrágios dos destróieres alemães metidos a pique nas duas batalhas ocorridas em Ofot Fjorden, em 1940, bem como de um hidroavião Dornier 26 nas profundezas de Rombaks Fjorden. Da mesma forma não pude deixar de conhecer os museus militares e memoriais da região.
Então, vamos! Venha comigo para o fundo do mar, compartilhar o meu entusiasmo, o meu ar e toda a sensação que surge quando se penetra o naufrágio de um bombardeiro japonês Betty ou se encontra com o esqueleto de um marinheiro em Truk; sentir a emoção ao ver as "lágrimas de óleo" do USS Arizona e ao tocar na Pirâmide de Marseille; transpor o passadiço do Tirpitz e explorar os naufrágios das Batalhas de Narvik. Isto tudo é extraordinário.

Turismo e Viagens / Aventura / História

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Luciano
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09/04/2015 16:44:17