“Precisava mesmo era de uma passagem para um lugar que não aqui. Que não terrestre. Precisava mesmo deixar para trás o meu lado humano.”
Quase sempre, vivemos os dias sem nos dar conta do que se passa ao nosso redor. As minúcias do cotidiano podem parecer repetitivas e irrelevantes. Mas, ao pararmos para pensar nos acontecimentos diários, na forma como a vida está posta, e em todas as possibilidades que nos rondam, percebemos que as coisas talvez sejam muito mais inéditas e anormais do que costumamos pensar.
Em Deixe sempre uns trocados para a lâmina de barbear, Glaucio Delarue faz um processo de autofagia da vida, debulhando-a em suas mais distintas atrações e distrações. Trata-se de um livro repleto de análises do que nos é passado batido. Daquilo que deveríamos pensar, mas não pensamos.
É, sem dúvidas, uma leitura obrigatória para quem não se conforma com as coisas como elas são.
Filosofia / Literatura Brasileira / Não-ficção